segunda-feira, 8 de novembro de 2010



Frágil. Ela não consegue enxergar outra realidade, uma vida em que ele não exista. Não consegue imaginar-se conseguindo sorrir, ou sentindo-se capaz de viver uma felicidade como as que viveu com ele... Chora. Não pode pensar, não pode agir, não pode falar, porque ela simplesmente não crê que algum dia pode ter um fim. 
Entregou-se tanto e sempre esperou que fosse eterno que quando por um segundo percebeu-se sozinha, sem ele, não soube o que fazer...E chorou, ainda que soubesse que não era a saída, que não era a solução, que não mudaria nada, mas no instante em que se deixou refletir ainda que não acreditasse que poderia ser real, ela chorou...por não haver saída, por não haver uma forma de juntar novamente os pedaços e cuidar da ferida, voltar atrás e mudar tudo aquilo que tanto lhe doía e machucava, por não saber, não ter certeza de mais nada, além de que tudo o que ela mais desejava era está com ele sempre, e se não houvesse um pra sempre ao seu lado, não haveriam também certezas em seu coração. 
Era inútil o consolo, o cuidado, era inútil tentar acreditar que ficaria tudo bem, que passaria logo, porque pra ela só estaria bem se fosse ao lado dele... e se ela não tinha mais a ele, as coisas não poderiam ficar bem. 

2 comentários:

  1. Uahhh, incrível esse sentimento
    quando nos sentimos assim, parece que ninguém mais no mundo todo é capaz de sentir o mesmo, de chorar pelas mesmas coisas, de sofrer pelas mesmas conseqüências.
    E mais incrível ainda, é q sempre, as imagens que vc coloca, se encaixam perfeitamente com o que vc escreve, é como um casamento perfeito, como se pertencessem um ao outro *----*
    parabéns mais uma vez

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  2. Ameei, me senti como se fosse minha viida, é tão lindo, escrito com tanto sentimento.Parabéns.

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"Escrevo o que estou sentindo, e é nesse instante que tenho a certeza de que não sou eu quem doma as palavras, são elas que buscam a minha emoção, são elas que têm dominante razão. Certeiras, esguias, os traços que me trazem a calma
não conheço outra forma de ser escritor, se não com a alma"
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(Adriana N. Amaral)