quinta-feira, 5 de abril de 2012


Decidi amar, e amar pra sempre. Descobri que este sentimento suporta tudo, aguenta firme, é indesistível, às vezes sofre, mas crê, espera e certamente experimenta da felicidade. Percebi também que amor é um sentimento que não se decide ter, ele chega de mansinho vai tomando conta dos seus pensamentos, vai pedindo sua atenção até o momento que você está tão envolto que não há como resistir a ele... e você se entrega, e experimenta de momentos tão excepcionais que palavra alguma, imagem alguma pode descrever com perfeição, momentos que te trazem sorriso aos lábios à simples menção, momentos que fazem uma simples memória encher seu interior de borboletas, que te trazem sentimentos que você acreditava não mais existir. Escolhi amar, e amar pra sempre, e as lembranças que guardo me satisfazem todos os dias, quando preciso suportar, esperar, saudosamente, pra viver novamente momentos tão lindos assim.




Agny Tayná Mota

terça-feira, 3 de abril de 2012

     Às vezes tenho medo de abandonar um livro, parece que de alguma forma estou abrindo mão de sentimentos alheios, deixando de conhecer pessoas com as quais posso me surpreender, como se de alguma forma no momento em que abro as páginas, todos aqueles personagens, todo o sentimento envolvido, todas as cenas se tornassem real no meu mundo e se tornasse crueldade demais achar que eles não valem a pena, não valem o meu tempo. Sinto como se a minha recusa em chegar até o fim fizesse paralisar a vida daquelas pessoas que vivem nas páginas, antes mesmo de conseguirem me dar uma oportunidade de saber melhor quem são e de "concluírem" sua história, e isso sim é maldade demais ! Meu coração se derrete fácil por uma história de amor, se envolve tanto em um drama, teme e treme diante dos terrores, ansioso fica pela resolução de um crime, fantasia até onde pode e dificilmente deixaria passar algum por não ser louco o suficiente, lindo o suficiente ou tão envolvente quanto gostaria. Então, na maioria das vezes persisto, mesmo que a leitura esteja massante - deixo o pré-conceito de lado e me permito ser surpreendida -, não somente pelo medo, mas porque sei que se minha vida fosse um livro, seria muito triste que algum leitor me deixasse de lado por algo "mais interessante".


"Escrevo o que estou sentindo, e é nesse instante que tenho a certeza de que não sou eu quem doma as palavras, são elas que buscam a minha emoção, são elas que têm dominante razão. Certeiras, esguias, os traços que me trazem a calma
não conheço outra forma de ser escritor, se não com a alma"
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(Adriana N. Amaral)