segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Ela veio em forma de verso, 
como laço de fita solto no vento,
feito uma rima perfeita, 
como principal elemento. 

Veio em forma de flor, 
feito amor em conta gotas
ministrado p a u l a t i n a m e n t e , 
a fim de me manter 
viva .

Ela chegou como a primeira luz do dia 
entrando timidamente pelas frestas da cortina 
e  se transformou em sol,
em lua

Ela veio como um sorriso tímido, 
que se transforma em gargalhada, 
fazendo os olhos brilharem,  
como um coração aquecido 
por uma demonstração simples 
de afeto. 

Feito um abraço na solidão, 
feito bálsamo, 
feito choro de emoção. 

Depois que ela chegou, 
tudo se encheu de cheiros, 
de cores, 
de laços de fita. 

tudo se encheu de sonhos, 
de surpresas, 
de vida


PS: isso não é um poema.



Estou voltando...isso não é uma promessa, é uma constatação recheada de alegria e temperada por alguns anos de dor. Essa é a realidade dos artesãos das palavras: a magia encontrada na vida nunca é tão facilmente transposta para o papel. Como uma borboleta, precisamos passar por um longo processo de amadurecimento e crescimento para que um dia, talvez, elas voltem a fluir. E é tão gostoso quando isso acontece... o coração parece envolto no abraço daquela pessoa que há muito tempo se mudou para longe e decidiu que era melhor retornar, você se sente em casa de novo, é como chegar de uma longa viagem de carro e sentir o cheirinho do bolo de chocolate assando, como deitar na cama e se inebriar com o cheiro do lençol recém lavado com o amaciante de sempre. É isso: como reencontrar o lar.


sábado, 12 de maio de 2012

              Eu tinha certeza, naquele momento, que em sua mente haviam pensamentos iguais aos meus, que as mesmas palavras que insistiam em querer sair o incomodavam por dentro, mas o que se passava entre nós não podia ser interrompido. Abracei-o ainda mais forte, encostei a cabeça em seu ombro e sorri, deixando as palavras guardadas para um momento mais oportuno. Apesar da confusão e da agitação que havia dentro de nós, calamo-nos e o que se sucedeu realmente, palavra nenhuma seria capaz de definir. 

AgnyTM

quinta-feira, 5 de abril de 2012


Decidi amar, e amar pra sempre. Descobri que este sentimento suporta tudo, aguenta firme, é indesistível, às vezes sofre, mas crê, espera e certamente experimenta da felicidade. Percebi também que amor é um sentimento que não se decide ter, ele chega de mansinho vai tomando conta dos seus pensamentos, vai pedindo sua atenção até o momento que você está tão envolto que não há como resistir a ele... e você se entrega, e experimenta de momentos tão excepcionais que palavra alguma, imagem alguma pode descrever com perfeição, momentos que te trazem sorriso aos lábios à simples menção, momentos que fazem uma simples memória encher seu interior de borboletas, que te trazem sentimentos que você acreditava não mais existir. Escolhi amar, e amar pra sempre, e as lembranças que guardo me satisfazem todos os dias, quando preciso suportar, esperar, saudosamente, pra viver novamente momentos tão lindos assim.




Agny Tayná Mota

terça-feira, 3 de abril de 2012

     Às vezes tenho medo de abandonar um livro, parece que de alguma forma estou abrindo mão de sentimentos alheios, deixando de conhecer pessoas com as quais posso me surpreender, como se de alguma forma no momento em que abro as páginas, todos aqueles personagens, todo o sentimento envolvido, todas as cenas se tornassem real no meu mundo e se tornasse crueldade demais achar que eles não valem a pena, não valem o meu tempo. Sinto como se a minha recusa em chegar até o fim fizesse paralisar a vida daquelas pessoas que vivem nas páginas, antes mesmo de conseguirem me dar uma oportunidade de saber melhor quem são e de "concluírem" sua história, e isso sim é maldade demais ! Meu coração se derrete fácil por uma história de amor, se envolve tanto em um drama, teme e treme diante dos terrores, ansioso fica pela resolução de um crime, fantasia até onde pode e dificilmente deixaria passar algum por não ser louco o suficiente, lindo o suficiente ou tão envolvente quanto gostaria. Então, na maioria das vezes persisto, mesmo que a leitura esteja massante - deixo o pré-conceito de lado e me permito ser surpreendida -, não somente pelo medo, mas porque sei que se minha vida fosse um livro, seria muito triste que algum leitor me deixasse de lado por algo "mais interessante".


sexta-feira, 30 de março de 2012

Memórias. Pedaços desconexos de emoção. Peças do quebra-cabeça da vida. Uma certa magia que trás de volta, com a mesma intensidade, todas as facetas de momentos únicos, guardados com carinho especial. Dentro do coração. Uma caixinha pequena, não afetada pelo tempo. Tanto o sorriso, como as lágrimas são reais, como se o instante fosse o mesmo vivido, vívido e natural, tão preciso e igual, lembranças que fazemos questão de deixar lá, para no momento certo voltar, e novamente nos fazer feliz. 
 - 
Agny Tayná Mota


"Escrevo o que estou sentindo, e é nesse instante que tenho a certeza de que não sou eu quem doma as palavras, são elas que buscam a minha emoção, são elas que têm dominante razão. Certeiras, esguias, os traços que me trazem a calma
não conheço outra forma de ser escritor, se não com a alma"
-
(Adriana N. Amaral)