quinta-feira, 3 de dezembro de 2009


Escrever na adolescência não é fácil... os pensamentos e sentimentos estão estão a mil, a nossa cabecinha parece sempre prestes a explodir ... alegria, tristeza, raiva, carinho, paixão, tédio.. tudo ao mesmo tempo ... Colocar cada um desses sentimentos no papel e criar personagens duradouros e interessantes torna-se uma tarefa quase impossível, isso sem levar em conta o mundo de outras coisas que podemos fazer para "aproveitar" o nosso tempo, que sempre parece tão curto nessa época da vida... Os jovens atualmente se vêem em meio a tantos caminhos "chamativos", " interessantes", que o universo Maravilhoso da Leitura torna-se para muitos uma escolha de último caso, por ser enfadonho, cansativo, chato... Tolos, não percebem o imenso e maravilhoso mundo que estão a perder... esse mundinho em que tudo torna-se real, basta que imaginemos e acreditemos, um mundo onde podemos ir do mais remoto passado ao mais estupendo futuro em apenas poucos instantes, um mundo onde podemos ser reis, rainhas, escravos ou livres, fadas, duendes, anões, um mundo onde cada um dos nossos sonhos pode-se tornar real, e onde a realidade é apenas um dos mundos, que muitas vezes acabamos por esquecer, em meio a tanta magia envolvente presente nos livros... Sábio é aquele que se aventura por esse imenso mundo, seja vivendo no universo dos livros, seja criando Universos para que outros Conheçam...

" A realidade é dolorosa e imperfeita, é essa a sua natureza e por isso a distinguimos dos sonhos. Quando algo nos parece muito belo, pensamos que só pode ser um sonho e então beliscamo-nos para termos a certeza de que não estamos a sonhar - se doer é porque não estamos a sonhar. A realidade fere, mesmo quando, por instantes, nos parece um sonho.Nos livros está tudo o que existe, muitas vezes em cores mais autênticas e sem a dor verídica de tudo o que realmente existe. Entre a vida e os livros, meu filho, escolhe os livros " José Eduardo Agualusa
"Escrevo o que estou sentindo, e é nesse instante que tenho a certeza de que não sou eu quem doma as palavras, são elas que buscam a minha emoção, são elas que têm dominante razão. Certeiras, esguias, os traços que me trazem a calma
não conheço outra forma de ser escritor, se não com a alma"
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(Adriana N. Amaral)