quarta-feira, 16 de março de 2011

          Por vezes olho dentro em mim e não me vejo, encontro ali dentro uma mulher que desconheço, isso me assusta. Mas, sei, é pura obra do tempo que aos poucos vai moldando a menina, como um oleiro molda o barro, transformando-a em uma mulher: forte,mas não inatingível; um tanto mais sábia, porém não o suficiente para que não possa aprender; madura? Talvez, mas nunca o suficiente, para que não possa perder o encanto existente na inocência da infância. 
        Encontro em mim palavras novas, atitudes novas, reações adversas, antes inexistentes, no entanto sei, nada disso é o bastante para que deixe de ser quem sou (e também não desejo isso)apenas serei levada, passo-a-passo, a  me tornar a mulher que nasci para ser, mesmo que nunca perca o sabor de ser a menina que sempre fui. 
                                                            Mais uma dos meus conflitos internos, não se preocupe em entender! 
Agny T. Mota


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"Escrevo o que estou sentindo, e é nesse instante que tenho a certeza de que não sou eu quem doma as palavras, são elas que buscam a minha emoção, são elas que têm dominante razão. Certeiras, esguias, os traços que me trazem a calma
não conheço outra forma de ser escritor, se não com a alma"
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(Adriana N. Amaral)