quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Hoje eu  me rendi ao perfume da inocência, 
Li em estado de êxtase momentos tão simples e cotidianos de mãe e filha, e me deliciei...
Percebi-me por tantas vezes sorrindo, gargalhando, e os olhos brilhantes diante  da sutileza e vivacidade existente nas crianças...
É verdade que a inocência sempre me encantou, e é mesmo uma pena que ela esteja, hoje, tão maculada... 
Essa essência, esse sabor tão doce e sutil da infância, sendo jogado nas ruas, substituídos por doses exageradas de realidade, e o mundo outrora cor de rosa vertendo-se em cinza, é mesmo triste de se ver. Todo o perfume, esse sabor excitante, os sorrisos ao acaso, a 'lógica' para elas tão simples do pensamento, os suspiros de prazer, os sustos e exclamações surpresas com coisas que para 'gente grande' é tão habitual e simples, todo esse encantamento genuíno diante de um mundo que se tornou a nossos olhos estupidamente normal. Os desejos, os planos, tudo tão imaculado e açucarado...é lindo de se ver.
Deus queira que esses pequenos, porém tão essenciais e importantes detalhes, não sejam ainda mais deturpados pela realidade! 
Eis a esperança para esse mundo, que se conserve a essência, a inocência já tão perdida, a pureza, candura, ingenuidade da verdadeira  e singela infância.



"- Mamãe, eu acho essa tiara linda, mas eu quero tirar um pouquinho...
- Por que Bebela ?
- Porque ela aperta os meus pensamentos ! "
"- Você sabe o que é um anjo filha ?
- Sei mamãe... é uma pessoa que protege a gente e que parece borboleta."

"- Papai, por que você usa óculos ?
- Porque o papai tá com a vista cansada, filha.
- Então não precisa papai, é só deixar ela dormir."


Um comentário:

  1. Que lindoo... Deus realmente te deu um dom magníficoo!! Mt mt talentosa!! Meus Parabénss!!

    ResponderExcluir

"Escrevo o que estou sentindo, e é nesse instante que tenho a certeza de que não sou eu quem doma as palavras, são elas que buscam a minha emoção, são elas que têm dominante razão. Certeiras, esguias, os traços que me trazem a calma
não conheço outra forma de ser escritor, se não com a alma"
-
(Adriana N. Amaral)