quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sinto saudades de mim, de parar um pouco tudo o que tenho feito pra pensar e analisar-me. 
É estranho dizer que sentimos falta de nós mesmos, mas acontece e com muito mais freqüência do que imaginamos, talvez porque a correria e as muitas ocupações do dia-a-dia nos deixem meio perdidos, distantes de nossa essência. 
Sempre tive medo de que isso acontecesse, que chegasse um tempo em que a rotina e as muitas responsabilidades tomassem todo o meu tempo para ser quem sou, sensível, subjetiva, pensante. Por essa razão venho aqui e escrevo, pois quando o faço é como se tudo aquilo que sou viesse à tona, tão rapidamente que acaba por me assustar, faz-me às vezes perder os eixos do que escrevo... nesse instante, ao contrário de muitos, sorrio, pois sei que cada uma dessas palavras ainda me pertencem, são o que sou e expressam isso, algumas vezes de forma mais nítida, outras de forma mais rebuscada, como se dissessem que, apesar da simplicidade, sou também mistério, dois ângulos e não duas faces de uma mesma moeda.       
                                                                                                                                        
Agny Tayná Mota

2 comentários:

  1. Mi Dios! perfeito demais, se parece tanto comigo esse momento, rsrs

    Muito lindo mesmo Agny! *---*

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  2. poor favor
    nem tenho o q comentar aqui...
    superação total mana
    texto indescritível
    és o meu espelho...

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"Escrevo o que estou sentindo, e é nesse instante que tenho a certeza de que não sou eu quem doma as palavras, são elas que buscam a minha emoção, são elas que têm dominante razão. Certeiras, esguias, os traços que me trazem a calma
não conheço outra forma de ser escritor, se não com a alma"
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(Adriana N. Amaral)